Reações alérgicas às picadas de insetos podem ser locais ou generalizadas. As reações locais ocorrem em 10% da população e podem ser descritas como reação exagerada às substâncias presentes na saliva injetada dos insetos mordedores ou sugadores (hematatófagos), tais como mosquitos, pernilongos e pulgas.
A alergia manifesta-se por dor local, vermelhidão, inchaço, coceira e formação de pápulas (caroços) que podem evoluir para bolhas que rompem e formam feridas. As feridas podem se contaminar e infectar evoluindo com secreção amarelada e podem deixar inclusive cicatrizes. Eventualmente surgem as lesões satélites, ou seja, ao redor de uma única picada de inseto podem surgir outras lesões semelhantes, sem a necessidade de outras novas picadas.
Reações locais ocorrem mais frequentemente na infância, do primeiro ano até os 7 anos, idade na qual o paciente pode melhorar pela dessensibilização natural, ou seja, uma parcela das crianças podem evoluir naturalmente para a cura. As reações alérgicas generalizadas após picada de insetos podem ocorrer em 1% das crianças e em torno de 3 a 5 % dos adultos e é uma reação exagerada ao veneno de insetos picadores (himenópteros), tais como abelhas, vespas, formigas.
Para prevenção das picadas por mosquitos e pernilongos, deve-se evitar o contato com esses insetos usando mosquiteiro, repelentes e inseticidas, sempre com orientação do alergista, para que esses produtos não causem alergia. Caso seja picado, deve-se lavar imediatamente o local, aplicar gelo, tomar antialérgicos (anti-histamínicos) que reduzem a coceira e deve-se passar cremes a base de corticoides para reduzir a inflamação no local.